domingo, 27 de janeiro de 2013

A EMBLEMÁTICA TRAGÉDIA DA BOATE KISS, AO MENOS 233 MORTOS EM INCÊNDIO EM BOATE NO RS - AMÉRICA DO SUL

Nem todos perderam a vida por asfixia em razão de super exposição a fumaça tóxica, mas também por possível "FRATURA" na falta de proteção passiva e, em tese, proteção ativa, e aí cabe o laudo cadavérico.

Concluímos que somos reativos, infelizmente, a cultura da prevenção é deixada de lado por todos nós, quando deixamos de observar ou de no mínimo nos interessar em aprender e quando aparecem estas tragédias emblemáticas todos concordamos que algo tem de mudar.

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http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2013/01/delegado-aponta-4-fatores-principais-para-gravidade-da-tragedia-no-rs.html










Uma tragédia emblemática porque tirou muitas vidas. A serenidade nos diz que houve uma sequência de erros. Começando por se permitir essa prática de se queimar sinalizador indoor dentro de ambiente confinado (estopim) e, a partir daí, ao que parece e aser investigado, falha na proteção passiva, que pode ter comprometido, pelo que, se pode cogitar de se questionar as Autoridades ou por inércia ou por omissão e o proprietário por ser indolente e incapaz de perceber sua própria irresponsabilidade por colocar em risco a integridade física de seus clientes por manter uma casa de reunião de público funcionando talvez à revelia e sem investir corretamente na segurança apropriada e capacitada para o que lá dentro se passava. Tc Ra

Por quê a proteção passiva não funcionou não impedindo a convecção da fumaça? Ou facilitando o escape? Como num primeiro momento, não funcionou o impedimento de se deflagrar fogos indoor ou sinalizadores, a condição de favorável gerando calor por condução, dentro de um estabelecimento de Reunião de Público confinado, isso sim teria sido estopim, afinal quem autorizou? E o pior erro desta fase que não sendo detectado, então, entra a proteção passiva escapes e distanciamentos, falta de tratamento químico que não retardou as chamas e seus efeitos danosos da combustão derivados como a fumaça asfixiante e aí, então, podemos cobrar a fiscalização que por omissão ou inércia pode ser questionada Tc Ra

Não vejo nesta hora nenhuma Autoridade constituída ou professores, engenheiros ou ainda os convidados da imprensa falarem de proteção passiva que é constituída por meios de proteção incorporados à construção da edificação, os quais não requerem nenhum tipo de acionamento para o seu funcionamento em situação de incêndio. São meios de proteção passiva: a acessibilidade ao lote (afastamentos) e ao edifício (janelas e outras aberturas), rotas de fuga (corredores, passagens e escadas), o adequado dimensionamento dos elementos estruturais para a situação de incêndio, a compartimentação, a definição de materiais de acabamento e revestimento adequados .
Escreveu tudo
 



              A EMBLEMÁTICA TRAGÉDIA DA BOATE KISS

 



‎"Morri em Santa Maria hoje. Quem não morreu? Morri na Rua dos Andradas, 1925. Numa ladeira encrespada de fumaça. A fumaça nunca foi tão negra no Rio Grande do Sul. Nunca uma nuvem foi tão nefasta. Nem as tempestades mais mórbidas e elétricas desejam sua companhia. Seguirá sozinha, avulsa, página arrancada de um mapa.

A fumaça corrompeu o céu para sempre. O azul é cinza, anoitecemos em 27 de janeiro de 2013. As chamas se acalmaram às 5h30, mas a morte nunca mais será controlada. Morri porque tenho uma filha adolescente que demora a voltar para casa.

Morri porque já entrei em uma boate pensando como sairia dali em caso de incêndio. Morri porque prefiro ficar perto do palco para ouvir melhor a banda. Morri porque já confundi a porta de banheiro com a de emergência. Morri porque jamais o fogo pede desculpas quando passa.
...
Morri porque já fui de algum jeito todos que morreram. Morri sufocado de tanta morte; como acordar de novo? O prédio não aterrissou da manhã, como um avião desgovernado na pista. A saída era uma só e o medo vinha de todos os lados.

Os adolescentes não vão acordar na hora do almoço. Não vão se lembrar de nada. Ou entender como se distanciaram de repente do futuro. Mais de duzentos e cinquenta jovens sem o último beijo da mãe, do pai, dos irmãos.

Os telefones ainda tocam no peito das vítimas estendidas no Ginásio Municipal. As famílias ainda procuram suas crianças. As crianças universitárias estão eternamente no silencioso. Ninguém tem coragem de atender e avisar o que aconteceu.

As palavras perderam o sentido."
(Fabrício Carpinejar)


MUDANÇA DE COMPORTAMENTO


Comportamento que deveria passar a ser ensinado em escolas normas, leis, intervenção do Poder Dever de Agir do Poder público, 233 vítimas fatais no BR, na América do Sul, como pode o proprietário não abrir as portas a fim de que as vítimas não saíssem (escapassem) sem pagar? E até agora 233 mortes confirmadas, e mais de uma centena de feridos, deflagaram fogos indoor dentro de um espaço fechado (confinado), pessoas confusas e enganadas pela luminosidade ardendo no revestimento volátil, superposição de fluxo de pessoas impedidas, asfixia pela aspiração de fumaça tóxica, superou circo de Norte Americano - Niterói em 61, Edifícios Joelma, Andraws em 74 no Estado de SP.
 
Imaginem só uma super lotação, gerando uma super posição de fluxo, diante de um desesperado escape prejudicado por um, em tese, subdimensionamento, pessoas dentro de uma boate com pouca luz onde seus fequentadores não lembram de onde viram pela última vez " SAÍDA DE EMERGÊNCIA" com ao menos 233 vítimas fatais no que posso concluir e inferir completa falta de cultura preventiva fica difícil de acreditar se não estivéssemos vendo as imagens, o porte desta tragédia traduz que não bastam apenas leis e fiscalização o quadro exige uma completa revisão e mobilização no sentido de se observar e crer que as ameaças existem e que estamos vulneráveis ao risco. É inimaginável os resgatistas passando no meio dos corpos e ouvindo seus celulares tocando e que seguranças sem noção da dimensão dos primeiros 5' atrasando a saída, corrimões e escadas atrapalhando o escape, ou seja, completa falta de cultura de prevenção. Tc Ra

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